terça-feira, 23 de setembro de 2014

LER E ESTIMULAR A LEITURA É PRECISO

*Leon Bevilaqua

       É sabido que depois da leitura de um livro o nosso cérebro já não é mais o mesmo. Ao empreendermos a leitura de um livro, viajamos, sonhamos, crescemos. E isto é saudável, sem as emoções não somos nada.
       No dia 23 de abril comemora-se internacionalmente o dia do livro, data da morte de Cervantes, poeta, contista e romancista genial espanhol. O livro, embora seja pouco lido em nosso país, sempre foi reconhecido por grandes brasileiros.
       É de Monteiro Lobado a seguinte frase: “Um país se faz com homens e livros”. Para os que não têm ainda o bom hábito da leitura, é conveniente lembrar o que disse o bom poeta gaúcho Mário Quintana: “Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem”. Aos jovens e pais que só lidam com a internet e redes sociais, levem em conta que Bill Gates declarou: “Meus filhos terão computadores, mas antes terão livros”.
       Bertold Brecht, notável poeta e dramaturgo alemão, por muitos considerado o Shakespeare da língua alemã, nos alertava: “O pior analfabeto é o analfabeto político”. Com estas palavras ele nos chamava atenção para a necessidade de adquirirmos cultura política e, portanto, lermos obras históricas e políticas necessárias à nossa formação.
       Há uma forte correlação entre o zelo pelo patrimônio público e zelo pelo bem estar do povo e seu futuro. Devido a esta correlação, convém não esquecer que os que não cuidam do patrimônio público também não cuidam bem do futuro e prosperidade de seus povos, como fizeram os neoliberais que governaram a América Latina na década de noventa do século passado.
       Para um brasileiro bem tomar decisões políticas, dentre elas o voto, é preciso ler, no mínimo, bons livros sobre as últimas décadas vividas pelos brasileiros, entre eles (e principalmente), os escritos de Aloysio Biondi, Amaury Ribeiro Junior e Palmério Dória. Quem ler estes autores, dificilmente votará em candidatos sem compromissos com o povo. 
       Quando lemos bons autores, como Dostoiévski, Tolstoi, e Saramago, chegamos a importantes conclusões em nossas vidas, entre elas a de que o ser humano é constantemente subestimado. Na realidade, valemos e sabemos mais que os outros pensam.
       Respeitemos os conselhos de uma grande escritora norte americana: “Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar” e “Evitar o perigo não é, em longo prazo, mais seguro do que se expor a ele. A vida é uma aventura ousada ou não é nada”. A escritora a que nos referimos é Helen Keller (1880-1968), também filósofa e conferencista que demonstrou ao mundo que dificuldades não impedem o sucesso.
       Para nosso proveito, reproduzo aqui o pensamento de Helen Keller sobre o saber: “Aprendi, por exemplo, que a paciência é a preciosa virtude que nos faz vencer os mais terríveis obstáculos”. “Saber é poder”, diz a velha sabedoria, mas podemos dizer, ainda, que saber é possibilitar a felicidade. Obter conhecimentos extensos e profundos é necessário para saber discernir o bem do mal, separar as coisas nobres das vulgares e, portanto, saber achar a felicidade. Saber discernir as várias etapas da humanidade é perceber e compreender as pulsações da alma através do tempo.
       Festejar a vida é bom. Ler e estimular a leitura faz parte do que melhor se possa fazer, pois ela é um poderoso acelerador da maturidade.

     Notas:

1)    obras recomendadas sobre práticas políticas- todas editadas pela editora geração editorial:
- Aloysio Biondi- O Brasil Privatizado.
- Amaury Ribeiro Junior – A privataria tucana.
- Palmério Dória- O príncipe da privataria.
2) o indicador de analfabetismo funcional de 2013 indicou que apenas 26% dos brasileiros são leitores plenos.
3) estimular a leitura não é apenas obrigação do Estado, mas também do cidadão.
4) Aos que desejam adquirir conhecimento em política e economia internacional, recomendamos a leitura constante da Revista Le Monde diplomatique editada em português no Brasil. O artigo “Acordo para privatizar os serviços”, da revista de setembro de 2014, está imperdível.

Um comentário:

Gabriela F Bevilaqua disse...

Parabéns pelo blog,Tio. Assim como o vovô tu sabes usar muito bem as palavras... Um grande abraço, de sua sobrinha, Gabriela Bevilaqua, filha de seu irmã Agenor.